sábado, 16 de janeiro de 2010

Terror em Fallcreek

Próxima saída “Estrada de Fallcreek” dizia a pequena placa velha e enferrujada tal como se dizia no mapa, estava dirigindo a horas para chegar no começo do futuro da minha vida, a universidade, no carro eu, May uma futura doutora de 19 anos com meu irmão Caique, 17 ao meu lado. Chego a uma entrada muito bonita com um letreiro “Universidade de Fallcreek”, um lugar totalmente deserto, exceto por um casal de namorados que se beijava num banco perto de uma pequena fonte. Na entrada principal a secretária nos fitava de forma muito esquisita que me incomodava de algum jeito. –Boa Noite, nome? –Olá, May e Caique Lippa. –Hm, estudantes de medicina e arquitetura. Corredor direito, quarto 13 e Caique, corredor esquerdo, quarto 19.
–Obrigada. Enquanto estava pelo corredor, não via ninguém. Como se fosse uma faculdade fantasma, talvez fosse pelo horário, de qualquer forma não ligo pra isso. Não havia ninguém no quarto e parecia que não era aberto a séculos, os móveis eram extremamente coloniais, vidros sujos, e o quarto tinha um cheiro extremamente forte de éter. Aquilo não era um local em que um ser humano poderia ficar, ouço a maçaneta girar, dou meia volta e um homem gordo e calvo entra pela porta. -Olá, meu nome é Ricardo Sanches, sou o reitor, você é May Lippa correto? -Sim senhor, poderia me explicar o porque desse quarto estar assim. -Assim como senhorita? Dou um panorama no quarto e vejo que ele está totalmente limpo e com móveis modernos. -Essa decoração é tão... -Tão interessante não é? Que bom que gostou. Bom só estou aqui para dar-te boas-vindas a nossa faculdade. Não fique acordada até tarde, e não saia do quarto até o amanhacer, pode ser perigoso, hahaha, estou brincando. -Obrigada. O homem sai do quarto em seguida olho no relógio e vejo que são 2:00 da manhã, pensei o porque de um reitor, vir me dar boas-vindas a uma hora dessas,e como está com uma decoração diferente. Na manhã seguinte a escola estava cheia de alunos, e eu estava aliviada, felizmente creio eu que ontem fora apenas um sonho, assim Caique fita-me no corredor e corre em minha direção com o cenho franzido e preocupado. -Que ouve Caique? -Você ouviu os gritos ontem a noite? -Gritos?! Mas que gritos? -Uma menina no dormitório 14 ao lado do seu! -Eu não escutei nada, devia estar dormindo feito uma pedra. -May, o quarto pegou fogo e todos saíram dos quartos para ver. Subi as escadas e quando estava as pessoas me fitavam como se eu fosse uma assombração, quando de repente uma menina fria, e esquisita com exalando um cheiro característico a éter, tromba comigo e ela levanta assustada e corre para o fim do corredor. No almoço, sentei ao lado de meu irmão. -Caique, você não acha essas pessoas daqui extremamente estranhas, elas nos encaram como se fôssemos assombrações. -May, creio que seja algo de sua imaginação, todos são muito amigáveis. Não me importei muito com o que ele disse, e fui para a biblioteca. Lá pesquisei por vários livros, mas nenhum supria minha curiosidade sobre Fallcreek. Assim vejo uma fresta, que lá havia uma tábua de cor mais clara, assim afasto a pequena tábua e vejo um pequeno livro que tinha como título “Segredos Fallcreek” com uma observação muito sinistra “Não leia se não quiser sofrer as conseqüências”, não me importei, e logo coloquei o livro na minha bolsa e saí da biblioteca. Pela noite, quando todos já estavam em seu quartos,e eu em minha cama comecei a ler o pequeno livro, nas 30 primeiras páginas ele avisava para não ler o livro, certamente era apenas uma brincadeira, mas como estava livre, continuei lendo . O livro contava a história de uma garota estudante de filosofia, de início ela me parecia muito sensível e alegre, mas o livro me assustou a partir da hora que ele retratava que ela morrera em 1841 ás 2:15 da madrugada no quarto 13 o mesmo que o meu, a golpes de faca e fora torturada com éter enquanto sangrava além de ser violentada, um crime que nunca teve um culpado, que nunca teve solução. Comecei a chegar a conclusões sobre o ocorrido, aqueles móveis coloniais, o cheiro, será que eu voltara ao passado aquela noite e não havia me dado conta. Quanto de repente tudo se apaga e ouço gritos de dor, janelas se estilhaçam e novamente o cheiro de éter infestou o quarto, quando velas se acenderam, eu vi a mesma menina que trombei no corredor ali no chão, gritando de dor e sangrando, tinha algo em cima dela só que não sabia o que era porque só via um vulto e mais nada. Quando de repente tudo se apaga mais uma vez, e se faz silêncio por meio minuto, quando me deparo naquele quarto colonial mais uma vez, e de certa forma me aliviei por isso, assim quando pego na maçaneta para sair do quarto, ela estava emperrada, ouço vozes atrás de mim, mas não tinha coragem para virar e ver o que ou quem era? -Você não devia ter lido, devia ter respeitado o livro. Eu quase não conseguia respirar, senti minhas pernas adormecerem, quando algo pega meu braço e eu desmaio, acordo sentindo muita dor, num quarto semi-escuro, o cheiro de éter novamente, via sangue em minhas roupas. Aquela menina morta em 1841 se chamava May, eu era essa menina, e agora revivia todo o meu passado outra vez.