quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Marina: Promessas e Revoltas

Oi pessoal, antes de mais nada... eu aprecio qualquer forma de expressão artística, por mais estranhas que elas possam ser, como nesse vídeo. Eu espero que vocês gostem muito desse vídeo, suamos muito para poder terminá-lo, mas ainda ficou muito bom.
OBS: esse é um trabalho de filosofia sobre política, em que queríamos abordar casos do governo do Brasil, ou seja, muitos políticos prometem muitas coisas antes das eleições e depois não fazem nem metade do que dizem e muitas vezes até coisas piores, então pegamos como um exemplo fictício Marina Silva, como se ela estivesse
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Ca Menzoni

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Almas Feridas - Parte 2

San que estava perto do lampião o apaga tão rápido quanto um impulso nervoso, desesperadamente nos entreolhamos e tentávamos achar algum lugar para nos esconder, o que não seria tão fácil numa cabana tão pequena, assim Ju se escondeu atrás de uma velha cortina empoeirada, já San e eu nos escondemos debaixo de uma cama. Enquanto esperávamos com o pânico dentro de nós, a porta finalmente se abre, e um alguém entra, como estávamos debaixo da cama, apenas pudemos ver os pés do sujeito, ele calçava coturnos, e pelo ranger do velho piso de madeira, ele parecia ser corpulento, assim quando percebi havia gotas de um vermelho escuro que pingavam ao chão, ele solta um resmungo e solta algo no chão, e percebemos que era um braço amputado, e havia escrito (colocar vingança em francês aqui), que seria isso? Certamente Juliana saberia se visse. A Sandra parecia muito agitada atrás de mim, e derruba algo com o pé, o homem para em silencio, e caminha em direção a cama e começa a abaixar-se, quando de repente um rato passa pelo meu corpo, e sai em direção ao homem, que o esmaga com o pé, e joga-se na cama. Essa não; e agora o que faríamos para sair daquele lugar? Decidimos por esperar ele dormir para que pudéssemos sair, antes disso seria impossível. As horas passavam, o homem já dormia mas a coragem é o que nos faltava, não queríamos fazer barulho para acordar o homem, porém com aquele assoalho de madeira, seria impossível causar o mínimo ruído, então eu comecei a pensar em um plano, digitando ele pelo celular para mandar para Ju, enquanto escrevia, San estava lendo o que eu pensava, assim enviei para Ju, percebi que ela se mexia atrás da cortina para pegar o celular que vibrara, disse na mensagem que iríamos sair com cautela debaixo da cama, mas depois correríamos até a porta e sairíamos, voltando o quanto antes para nossas cabanas. Assim eu comecei a me arrastar, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Quando consegui ficar em pé, pude perceber que o homem estava dormindo de lado, não conseguia ver o seu rosto, queria reconhecê-lo, mas Ju me puxou, e fomos até a porta esperar por San sair debaixo da cama, assim abrimos a porta emperrada, fazendo um barulho estrondoso, e corremos como nunca antes para a minha cabana, era o mais viável a ser feito de momento, assim que entramos eu só pude dizer “O que foi aquilo?”. Estávamos completamente tomados pelo pânico, histeria e desespero, não estava conseguindo respirar, minha boca estava completamente seca, e podia sentir meu sangue sumir das veias, até que comecei a ouvir gritos de desespero na minha cabeça, ouvi pessoas chorando e implorando por piedade, logo desmaiei encosto à porta do chalé. Acordei com San e Ju dormindo comigo na cama, quando olhei no relógio eram sete e meia da manhã, decidi acordá-las para que pudéssemos fazer alguma coisa sobre o assunto, precisávamos falar com o gerente do hotel, porém logo que fiz o comentário sobre contar ao gerente, San me disse que não era uma boa idéia porque nós não sabíamos se o gerente estava envolvido em alguma coisa, então teríamos que resolver por nós mesmos. Disse para as meninas irem tomar o café da manhã, que eu já iria. Assim, quando elas saíram, eu decidi tomar um banho, estava cansado e com fortes dores no corpo. Fora uma noite agitada, e cheia de pesadelos, com muitas mortes e muita confusão, dei de ombros e segui para o restaurante, precisava pensar, e bolar um plano junto com as meninas. Chegando lá, não encontrava as meninas em lugar nenhum, perguntei perguntar alguns de nossos amigos que estavam tomando o café da manha, porém eles diziam que tinham visto as em lugar algum desde ontem a noite. Percebi que eles me encaravam, como se eu fosse um ET, eu estava preocupado e não conseguia parar de pensar no ocorrido da noite passada, foi algo que nunca pensaria que ocorresse comigo. Comecei a ouvir vozes novamente, porém desta vez com uma tristeza profundo que se instalou em minhas entranhas, senti a sensação de desmaio novamente; de repente Gabi chama por meu nome, e a sensação passa tão rapidamente quão ela chegou; ela perguntava se estava tudo bem, e disse que eu estava muito pálido, e que parecia que estava passando mal; rebati dizendo que estava bem, de forma mais seca possível. Saí correndo daquele restaurante, precisava saber o que acontecera com as meninas. Parecia mais frio do que antes do lado de fora da casa, nuvens nubladas e escuras forraram o céu de SilentWood, senti que um forte nevasca estava por vir e as coisas ficariam difíceis rapidamente; decidi ir o mais rápido possível para a minha cabana, elas provavelmente estariam lá, corri o mais rápido que poderia correr, quando cheguei lá, olhei a minha volta porém não via nada, adentrei no chalé e me deparei com o ambiente todo revirado, com marcas de sangue por todos os lados, havia escrito na parede, repetidas vezes “Vengeance”, eu ainda não sabia o que isso significava, logo as vozes no meu ouvido ficaram intensas, gritavam por mais desespero do que antes, elas pediam ajuda à mim, a tristeza tinha se instalado em meu corpo novamente, junto com “Claire de Lune”, não podia suportar mais aquilo, estava enlouquecendo, e desmaiei ao batente na porta novamente, novamente fora um sono agitado como da outra vez. Ao despertar, estava me sentindo como se estivesse congelando, levantei num salto. Estava no meio da floresta, na neve vestindo apenas um, sobretudo longo; estava perdido, para todos os lados que eu olhava eu apenas via altos pinheiros e neve, muita neve. Até que senti a presença de alguém atrás de mim, quando virei assustado percebi que era San, ela me olhava profundamente, e disse para mim correr rápido, sem hesitar comecei a correr o mais rápido que pude, corremos muito pela neve, até que avistamos uma fumaça. Chegando mais perto pude perceber que era minha cabana. Entramos e San trancou a porta. Abri a boca para falar, porém San tapou minha boca e disse para que eu não falasse nada, era perigoso demais, disse que eu não tinha noção do que estava acontecendo, eu apagara por três dias, e as coisas estavam ficando difíceis. Ouvimos um som de madeira rangendo na varanda, e San arregalou os olhos, sentia o desespero que ela sentia. Depois de alguns minutos de silêncio na cabana, ouvimos alguém descendo as escadas e correndo pela neve, finalmente San tira a mão da minha boca.

- San, o que está acontecendo? Porque você está toda esfarrapada e machucada?

-Eu não posso dizer ainda, é tudo muito vago, coisas ruins estão acontecendo, pessoas estão sumindo, como Ju, ela sumiu desde a manhã que você disse para irmos tomar café da manhã, comecei a procurar por ela e me perdi na floresta, na floresta comecei a ouvir vozes, ouvi relatos de coisas horríveis, essas vozes não saiam da minha cabeça, até eu chegar nas redondezas daquela cabana. Estou tentando desvendar esse mistério, não sei por que, mas algo está acontecendo naquela cabana, e coisa boa não é. Nós precisamos correr até lá, precisamos ajudá-los, precisamos acalentá-los.

- Eu acredito em você San, eu também estou ouvindo vozes, elas gritam e imploram por ajuda. Vamos, temos que descobrir o que está acontecendo – comecei a me dirigir até a porta, e num salto ela impediu que eu abrisse a porta, como se eu estivesse tentando me dirigir ao inferno por vontade própria.

-Não, não faça isso; as vozes são perigosas e estão em toda parte, elas mudam seu destino e fazem coisas estranhas acontecerem, precisamos ficar aqui e esperar clarear o dia.

Não a obedeci, e disse que tínhamos que descobrir o que estava acontecendo naquele lugar; tudo estava tão estranho, sentia-me como se não estivesse mais na terra, e sim em alguma outra dimensão paralela, nem sabia mais onde estava, o que estava acontecendo. Disse a ela que eu precisava ir até a biblioteca da cidade de SilentWood, que não era muito longe do hotel, ela histérica me impedia de sair, empurrei-a e sai. Ela veio correndo atrás de mim, e fomos rápido para o estacionamento do hotel, no caminho não víamos nada a não ser neve, árvores e o imponente hotel. No estacionamento, sem manobristas o que era muito estranho, as pessoas haviam sumido como San havia dito, pegamos uma chave no pára-brisa de um carro de luxo, dei a partida, não sabia dirigir muito bem, meu pai havia me dado algumas aulas, mas não era o suficiente, fiz o que pude para que pudéssemos chegar à biblioteca que ficava a mais ou menos 5 km do hotel. No meio do caminho, víamos pessoas na estrada, pessoas com rostos distorcidos, que ficavam paradas fitando nossos olhos; podia ver a tristeza escorrendo pela alma daquelas pessoas, podia ver o sofrimento, até que ouvi uma voz feminina eu meu ouvido:

- Acalme-se não vamos machucá-lo, queremos justiça, queremos justiça – Fiquei horrorizado com aquela voz, até que olhei para o lado e San dormia – Você precisa nos ajudar, você sabe o que fazer, ligue os fatos; seja rápido.

Assim que percebi, já estávamos no centro da cidade, que estava completamente vazio e escuro, exceto por uma luz que estava acesa na praça central. Segui até a biblioteca com o carro. Tentei acordar San, mas ela dormira num sono profundo e a voz me orientou que ela ficaria bem, não havia ninguém ali. Mesmo desconfiado, corri para a biblioteca. Era tarde, a biblioteca já deveria estar fechada, porém a porta principal estava entreaberta e as luzes do corredor principal estavam acesas.

Continua...

Ca Menzoni

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Almas Feridas - Parte 1

Enfim, soa o último sinal do semestre na escola, o ar das férias já invade os alunos que irão descansar por um mês nas férias de inverno, porém as férias desse ano serão diferentes porque viajaremos para um acampamento nas florestas temperadas no interior de Silentwood, uma província pouco povoada, porém corresponde a dois quintos do tamanho de nosso país. Estou muito ansioso para essa viagem, que pode ser a melhor de minha vida, creio eu. Saindo da escola, fui para casa com amigos, como de costume. Assim que me despedi deles e disse que os veria no dia seguinte pela tarde para nossa viagem. Entro em casa e minha mãe está fazendo o nosso almoço do dia. Ela estava visivelmente preocupada com a minha viagem, sua inquietação estava me incomodando então decidi perguntar o porquê dela estar tão preocupada com a viagem, e ela me respondeu que não tinha um bom pressentimento com essa viagem, e não queria que eu fosse, porém era a minha primeira viagem com a escola, e achava que por isso sentia-se dessa forma, já que ela é super-protetora. Para acalmá-la eu disse-lhe que muitos amigos iriam, como a San e Ju, minhas melhores amigas. Fui para o meu quarto para arrumar minhas malas, não sabia o que levar, não tinha a menor noção de como era acampar; decidi pegar o telefone e ligar para San, porque os pais delas acampavam todo ano nas praias do litoral norte, conhecidas por serem calmas, e com muita vegetação. Assim, liguei para ela para poder perguntar algumas coisas para ela. Depois de desligar, comecei a arrumar minhas malas; as dicas de San foram extremamente úteis e consegui terminar de arrumar a mala antes das três horas da tarde, depois passei o resto da tarde jogando vídeo-game, conversando no telefone, assistindo TV e comendo, evidente. Depois do jantar, decidi ir dormir e me despedi dos meus pais, sabia que seria um dia longuíssimo. Acordei entusiasmado para a viagem, tomei meu banho, me troquei, e desci para o café da manhã já carregando as malas para a sala. Tomei o meu café da manhã, e disse para minha mãe que iria comprar algumas coisas no centro, para poder levar na viagem como roupas, petiscos, entre outras coisas. Lá encontrei com Ju, que estava comprando algumas coisas também, e ficamos conversando por algum tempo, ela disse que iria para minha casa, pegar o ônibus da escola junto comigo, saindo do centro, fomos até a casa dela pegar suas coisas , e aproveitamos e almoçamos lá,após almoço fomos para minha casa depois disso para esperar o ônibus que chegaria em pouco tempo. Ficamos conversando e assistindo TV até o ônibus buzinar à minha porta. Logo despedi de meus pais, peguei minhas malas e corri para o ônibus, seria a melhor viagem de toda a minha vida, com certeza. O acampamento era longe, muito longe, mas conversando com os amigos, foi super rápido. Já estava à noite, estava escuro, e não havia carros passando pela longa estrada, que cortava a floresta de pinheiros de Silentwood, nevava muito naquela região, por ser uma região alta, e impedia-nos de ver além de três metros do ônibus. Chegando ao acampamento, temos a vista de uma casa de madeira realmente grande, era o nosso hotel. Todos saíram correndo do ônibus, já com nossas malas. A noite estava fria, mas estava agradável e era isso que nós queríamos. Chegando à recepção, o gerente um homem bem velho e magro, usava roupa social de certa forma rústica, logo ele começou a conversar com o nosso professor que estava na viagem junto conosco. Depois disso ele explicou para nós que na parte principal do hotel, havia apenas dez quartos, e os quartos suportavam duas pessoas, a outra metade dos alunos, poderiam hospedar-se nos chalés que estavam cravados entre a floresta, onde havia tudo que um quarto normal da parte principal do hotel tinha, porém eram um pouco distantes do hotel em si. Logo que o gerente terminou de dizer isso, fomos procurar um quarto para ficar, mas eu preferi ficar em um chalé, porque o quarto seria muito chato. Então saí com minhas malas pelo local, porém todos os chalés estavam ocupados, eu continuei andando, quase desistindo, e percebi que já não via mais chalés nem sequer o hotel, até que vejo um chalé aparecer por entre os altos pinheiros, tinha certeza de que este não estava ocupado, e já sabia o porquê, era muito distante e quase ninguém o encontraria. Entrei no chalé, pois a chave já estava na janela, era bem menor do que os outros, esse tinha apenas um criado-mudo ao lado de uma cama colonial e uma cômoda, e a porta onde era o banheiro. Coloquei minhas malas em cima da cama e saí. Olhei para o lado esquerdo e vi que tinha outro chalé a uns cinqüenta metros do meu chalé, porém era menor, tinha o teto rebaixado e janelas quebradas, parecia abandonado, e vinha uma música do interior do chalé, me pareceu Claire de Lune, era realmente estranho, mas curiosidade de entrar foi muito grande, que quando percebi estava a menos de 5 passos do chalé, fiquei com medo e saí correndo. Chegando perto do hotel, vi San e Ju conversando na varanda de um chalé, e falei para elas o que havia visto e pedi para que elas fossem junto comigo para ver o que tinha lá. Nunca havia sentido tanta curiosidade, me senti por um instante insano e idiota, mas a curiosidade de saber o porquê de um chalé no meio da floresta, visivelmente abandonado, tocava Debussy. Fomos até o chalé, havia começado a nevar novamente. Eu e Ju estávamos com muito medo de abrir a porta, então San tomou a frente e empurrou a velha porta, que estava emperrada, porém destrancada. Quando entramos, estava escuro dentro do chalé logo achamos um lampião, e o acendemos. Vimos que era tudo muito antigo, e estranho, não parecia um local comum. Enquanto San e Ju estavam fitando coisas em cima de uma mesa de trabalho, eu queria descobrir de onde vinha a música, segui o som, e finalmente achei uma caixa de música, com uma bailarina, assim que peguei a caixa na mão, a bailarina parou de girar e a música parou junto com ela. Vi que a caixinha tinha uma pequena gaveta, onde tinha uma chave que estava escrito Rapports nela, fiquei pensando onde serviria aquela chave, enquanto fitava aquela caixinha, ouço Ju gritar, ela havia encontrado um pote, com uma faca ensangüentada, na mesma hora que ela viu a faca, fechou o pote, estávamos ficando com muito medo, logo a Sandra tropeçou em algo e caiu no chão, era uma caixa, com fechadura que estava escrito Rapports, logo peguei a chave e tentei abrir a caixa, assim aberta, havia vários papéis, estavam todos em francês, então pedi para que Ju lesse, enquanto ela lia, via sua expressão de espanto, ela começava a tremer, seus olhos estavam arregalados, quando ela parou de ler, ela nos olhou e falou que aquilo eram relatos de pessoas que haviam sido mortas, nos arredores do hotel, desde o plano, até a forma e intensidade de como essa pessoa havia sido morta, e dizia que as mesmas haviam sido enterradas nas redondezas da floresta de SilentWood, porém não dizia onde os tais corpos estavam, estava completamente e psicoticamente desesperado, aliás, todos nós estávamos, e por fim decidimos que o melhor a fazer era sair daquela cabana sinistra, porém ouvimos passos do lado externo da cabana.

Continua...


Ca Menzoni