quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Amor sem Fronteiras

Está na hora de acabar com tudo isso. Essa história já me custou muito caro. Magoei meus amigos. Magoei minha família. Eu me magoei.
Simplesmente, vale a pena continuar? Vale a pena levar isso adiante? Vale a pena ser uma pessoa que eu não sou?

Essa é a minha história, a história de uma garota que deu tudo de si, por um amor impossível. Não é verdade se eu disser que realmente esqueci ele, pois não esqueci. E agora estou aqui, completamente sem nada. Moro de favor na casa de uma amiga, que apesar de tudo o que eu fiz, ainda me ama e me quer.

Acho que chegou a hora de parar com esse vício, de ser quem eu sou, de verdade, de assumir minhas responsabilidades e de me redimir com todos.

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Primeiro ano no colegial, ansiosa e nervosa me dirigi apressadamente à minha carteira. Eu entrei no meio do ano em uma escola nova, minha mãe havia sido transfirida de Chicago para a Cidade do México. Não estava feliz com aquela mudança repentina, sempre acho um mico mudar de escola, eu odeio!

Sentei em minha carteira e joguei a bolsa no chão, abaixei a cabeça e fiquei rezando para aquele dia acabar de uma vez.

Agora vem a parte interessante, mas ordinária. Pode ser loucura , essa coisa de amor a primeira vista não existe. Nunca existiu. Mas aquilo FOI amor a primeira vista.

Ele passou divinamente em minha frente, parecia flutuar, ele não caminhava, ele voava sobre nossas cabeças paracendo um anjo, um deus grego. Fiquei olhando ele se sentar na carteira em frente a minha e fiquei olhando sua nuca a aula inteira, até a hora do almoço.

Bateu o sinal e eu levei um susto, eu simplesmente não havia ouvido nada que o professor havia falado. Me levantei da carteira e fui, sem pressa, para a ila do refeitório. Depois de comprar uma maçã, um pudim de chocolate e um suco de uva, comecei a procurar um lugar para sentar.

- Oi, você é a garota que veio de Chicago.

Levei um susto, virei para trás. Era a menina que havia me mostrado minha sala.

- É sou eu sim - dei um meio sorriso de vergonha.

- Vem sentar comigo, quase ninguém senta na mesa em que EU sento. Acho que eu sou uma estranha por aqui.

- Então somos duas - dessa vez dei um sorriso sincero de compreensão.

Eu me sentei na mesa com ela, e realmente, haviam apenas, eu, ela, um garoto de óculos e mais duas meninas ruivas e gêmeas. Desembrulhei minha maçã e dei uma dentada, tomei um gole de suco.

- Então, meu nome é Leyla, e o seu? - perguntou a garota enquanto desembrulhava seu cupcake.

- Eu? Lea. Na verdade é Lorena, mas eu não gosto de Lorena. Me chama de Lea.

- Ok, Lea. - demos uma risada nervosa.

Em três dentadas eu já havia terminado minha maçã, terminei o suco e comecei a comer o pudim. Quase me engasgo quando vejo aquele garoto lindo passando novamente.

- Hum... Vejo que você reparou no Jordan. Ele não é flor que se cheire já vou te avisando. É tipo uma planta carnívora que atrai os mosquitos depois os engole. Duas garotas que já namoraram com ele repetiram de ano.

- Sério? Ele tem um rosto tão angelical, como pode um garoto assim ser tão... - não encontrei a palavra certa - sei lá... vamos esquecer esse assunto.

- Sim, vamos!







Passaram-se duas semanas e eu e a Leyla ficamos super amigas. Passeávamos juntas e íamos fazer compras, a tarde, depois da escola ela ia na minha casa e nos sábados eu ia na casa dela. No começo da terceira semana parece que tudo mudou.

Cheguei como de costume, coloquei minha bolsa no chão e sentei esperando o professor chegar. A Leyla passava, a gente ficava conversando e quando o sinal batia para o início das aulas eu virava para frente e via o garoto mais lindo do mundo sentar na minha frente. Porém, dessa vez ele olhou para trás e disse:

- Oi, você é nova por aqui? - ele parecia bastante impressionado.

- Sim, sou nova sim, mas, já fazem duas semanas.

- Ah sim! Estou lembrado. A Lorena...

- Lea.

- Quê?

- Me chama de Lea - corrigi rapidamente.

- Me chame de Jordan.

O professor de español entrou na sala como sempre, o Jordan continuou me encarando, isso me deixou muito sem graça. Nenhum menino lindo daquele jeito ficava me encarando por tanto tempo.

- Sr. Jordan Kevin, poderia virar-se para frente e prestar atenção na aula?

Ele virou lentamente.

O sinal tocou, eu e a Leyla fomos para a fila da cantina. Eu peguei milk-shake e fritas e a Leyla um sanduiche natural e uma agua de côco. As vezes ela tinha umas crizes de ser natureba. Quando íamos sentar em nossas mesas o Jordan apareceu.

- Ei Lea, quer vir sentar com a gente? - ele apontou para a mesa dos populares, sempre cheia de gente comendo frutas ou se exercitando, eu me sentiria uma estranha comendo fritas.

- Não obrigada! Tem muita gente pro meu gosto. Eu acho que prefiro comer minhas fritas também, se não se importa. Não estou de regime.

Ele riu - Você é engraçada. Mas, se um dia quiser começar a malhar e comer bem é bem vinda - e se retirou.

- Eu não diria que aquilo é comer bem.





Isso continuou acontecendo durante mais três dias quando eu decidi aceitar o convite dele.

- Você pode vir também Leyla.

- Não obrigada, pefiro não sofrer uma lavagem cerebral.

- Leyla, tá tudo bem se eu for apenas hoje?

- Tá, tá tudo bem. Mas vê se não vai viciar em frutas. - ela deu uma piscadela.

Caminhei até o ponto de encontro dos populares, fui bem recebida com olás e "como vai?", e todo o tipo de informalidade possível. O local tinha um cheiro forte, que de início eu não estava reconhecendo. Havia realmente muita gente, que ocupavam duas mesas inteiras.

As mesas ficavam do lado de fora do pátio, onde ainda batia um pouco de sol. Olhei para um dos lados, havia um jardim, com várias flores de todas as cores possíveis, nunca havia reparado, era linda aquela parte da escola. Olhei para o outro lado e logo mudei minha opinião sobre o quesito "linda". Haviam dois meninos, quer dizer, adolescentes, usando drogas. O cheiro era bem forte. Às vezes vinha outra pessoa e usava também. Achei aquilo horrível, repulsivo, pensei em sair correndo daquele lugar horroroso.

- Ei garota. Quer experimentar? - um dos garotos perguntou.

- Não, não obrigada! - eu respondi apressadamente com o intuito de sair dali bem rápido.

- Ah, qual é gata, senta aí. Experimenta. - ele insistiu.

Todos começaram a me empurrar em direção aos garotos. "Experimenta!", "Vamos para de ser covarde.", "Vamos, experimente".

Eu peguei a droga em minhas mãos e coloquei um pouco na boca. Nunca havia experimentado aquela sensação, era uma coisa meio maluca. Não sentia meus pés tocarem no chão, comecei a ficar meio tonta, sentei. Não enxergava dois palmos a minha frente.

- Eu não estou bem. - aleguei.

- Isso é normal na primeira vez que vocês experimenta. É só uma questão de tempo.





Estava sentada em minha cama, um pouco tonta ainda, mas não tanto. Fiquei pensando naquele momento em que experimentei algo tão viciante. Aquilo sugou todas as minhas forças, mas eu gostei. Aliás, eu adorei! Eu precisava experimentar de novo. Apenas mais um pouco e pararia, deixaria isso de lado, tenho certeza.

Peguei meu casaco e as chaves de casa, deixei um bilhete para minha mãe que iria à casa de uma amiga e sai, de bicicleta até a escola. Ao chegar lá vi alguns garotos, não os mesmos, mas eram três, e estavam fumando. Me aproximei.

- Eu posso me juntar a vocês? - perguntei com muita vergonha.

- Claro, senta aí. - disse um dos garotos loiros.

Eu me sentei ao lado dele e eles me ofereceram um cigarro.

- Não, eu quero mesmo é aquela... acho que chama cocaína. - falei na maior cara de pau.

- Ah, desculpe, a gente não trouxe hoje. Apenas cigarro e maconha mesmo.

- Lea?

Levantei a cabeça e vi Jordan, fiquei muito surpresa e hipnotizada.

- Oi Jordan - falei enquanto levantava, com muita vergonha.

- O que veio fazer aqui? - ele olhou para a minha cara com muito espanto.

- É que sabe, eu... experimentei aquilo hoje de manhã e quiz experimentar só mais um pouco sabe? É... isso... - eu disse.

- Ah! Já entendi. Vamos à minha casa. Eu acho que eu tenho um pouco ainda.

Entramos num carro muito bonito, preto, de estilo conversível. Chegamos à casa dele e sentamos em sua cama.

- Desculpe o incômodo Jordan.

- Não se preocupe. Meus pais não estão em casa, então podemos usar à vontade - ele piscou.

Ele subiu em uma cadeira e pegou uma caixa grande em cima do guarda-roupa.

- Pensei que você tinha um pouco apenas - dei uma risada sonora, ele olhou para minha cara e começou a rir também. Olhamos um nos olhos do outro e ficamos durante um minuto, porém, um minuto intenso.

- É e então? Quer? - ele tirou um saquinho da caixa e me ofereceu.

Não sei mais o que aconteceu. Não lembrei de nada de manhã, quando acordei em minha cama.

Levatei com dificualdade. Olhei em volta e não reconheci o lugar. Cambaleei até a porta. Ela dava para um corredor bem iluminado e sofisticado. Realmente não era a minha casa. Fui andando pelo corredor ainda sonolenta.

- Lara, Lara, ela acordou! - falou um homem de branco.

- Como assim? - perguntei.

A Leyla chegou e olhou espantada para mim. Mais duas mulheres e um homem chegaram.

Leyla me levou para o quarto em que eu estava antes. Me sentou na cama e afastou alguns aparelhos de hospital.

- Lea. Eu havia te avisado sobre o Jordan. - ela hesitou e então eu falei:

- Quem são aquelas pessoas, o que eu estou fazendo aqui?

- Aqueles são meus pais e a enfermeira, e o de branco é o doutor. Lea, você sofreu um acidente de carro e ficou em coma. Perdeu pequena parte da memória também. Você começou a namorar com o Jordan e começou a beber e se aproximar do mundo das drogas. Seus pais, quando descobriram, te expulsaram de casa. Nesse último sábado você sofreu um acidente, Jordan estava bêbado e bateu o carro na Praça Central e agora você está aqui na minha casa. O Jordan nem ligou para sua situação. Ele já está outra.

Depois que soube disso me recuperei e sai do mundo das drogas. Agora estou aqui, tentando me redimir com todos que magoei. E procurando um jeito de agradecer tudo o que Leyla e seus pais fizeram por mim.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Em uma noite de verão 2

Não havia mais razão para viver. Eu havia perdido tudo. Não tinha mais nada para amar e nem cuidar. Ninguém para cuidar de mim e me amar.

Sem rumo me dirigi à entrada, novamente ignorando o corpo de meu pai.
- Ei, Carina, você está bem? - perguntou Jonny, meio sem jeito, ou John, como chamava meu pai. Eles eram amigos intimos, imagino que Jonny estivesse abalado pelo acontecimento também.
- Como você acha que estou me sentindo?
- Se quiser pode ir lá para casa até conseguirmos fazer contato com algum parente seu.
- Não, eu quero ficar aqui em casa, sozinha.
- Você não pode - ele disse em um tom alarmante - Não entende? Já contatamos Nora de que ele deveria procurar um local seguro. Você ainda É a próxima vítima.
- Jonny você nunca vai entender como é a dor de perder um pai desse jeito. Assassinado. O seu pai morreu de velhice agora que você tem 50 anos! Eu quero vingança, eu quero matar esse sujeito!
- Eu entendo, mas é muito arriscado. Você vai ter sua vingança. Mas por enquanto, eu lhe peço, fique lá em casa. - ele olhou para mim de um jeito que não pude negar. Eu vi a dor em seus olhos e o desespero.
- Tudo bem - disse finalmente vencida - eu fico.


Já na casa dele comemos macarrão instantâneo. Fomos deitar cedo, sem assunto e sem nada para fazer. Ele fez uma cama no sofá para mim, o sofá dele era muito confortável.
Eu tive um sonho muito estranho esta noite, sonhei que eu estava estirada no chão, no sol, sagrando, Gregory, mais conhecido como Van Don Launmer, estava passando sal e limão sobre os meus ferimentos. Foi horrível.
Acordei assustada ainda de noite ouvindo alguns barulhos. Devagar me levantei e acendi a luz, quase tive um "treco" quando vi Jonny parado na escada com cara de zumbi. Ele correu para meu lado, cobriu minha boca com as mãos, me impossibilitando de fazer algum barulho, apagou a luz e se escondeu atrás do sofá, me puxando junto.
- NUNCA acenda a luz quando ouvir barulhos, entendeu? - ele sussurrou em meu ouvido.
Eu balancei a cabeça em sinal afirmativo. Ele destapou a minha boca.
- O que está acontecendo?
- Eu desci para beber água e vi um vulto passando. Duas vezes. Se for o Gregory, ele realmente é muito descuidado.
- E agora o que vamos fazer?
- Vamos sair daqui e chamar a polícia.
Ele foi me puxando até a porta de entrada e tentou abrir, trancada. Fomos até a janela e tentamos abrir, também trancada.
- Ele é mais esperto do que eu pensava.
Tentamos todas as janelas da casa. Deve ter levado bastante tempo.

As luzes se acenderam quando estávamos tentando abrir a porta dos fundos. Olhamos para trás e lá estava ele.
- Quer dizer que nos encontramos novamente não é? - Gregory perguntou com um sorriso de malícia no rosto.
- Eu só tenho uma coisa a dizer com isso. Na verdade, a perguntar. - falou Jonny, ele tinha uma coragem que eu admirava - Por que você quer fazer chantagem à Nora?
- Oh! Eu não queria fazer chantagem. Eu queria vingança.
- Por que? - eu perguntei meio abobada, surpresos eles olharam para mim.
- Na época do colégio eu gostava dela, mas tinha vergonha de expor meus sentimentos, e durante muito tempo me esnobou. Quando crescemos ela me contratou, eu precisava de dinheiro. Ela começou a namorar seu pai e teve você, uma criatura insignificante. Agora consegui me vingar com seu pai, mas não com Nora.
- Isso não está nem um pouco certo. Que culpa tinha meu pai nisso? - perguntei indignada.
- Se ela não fica comigo, não fica com ninguém - Gregory respondeu. A raiva transparecendo em seus olhos.
- Você é um egoísta maluco! - eu me admirei com minha coragem naquele momento.
- Ah! Esqueci de dar a noticia maior. Eu vou te matar, agora e aqui. - ele olhou para Jonny - e você também caro Senhor Jonny.
Ele sacou uma arma e apontou para mim. Atirou, senti minha pele queimar no lugar que foi atingido. Eu caí no chão e me contorci de dor. Acho que nessa hora a polícia arrombou a porta.


- Carina, por favor, acorde. Por favor.
- Jonny?
- Sim?
- Você está vivo? Está bem?
- Eu estou bem - ele respondeu.
- Então isso é o que importa. Me deixe morrer eu não quero mais viver. Só quero uma coisa.
- Qualquer coisa - disse ele entre lágrimas e soluços.
- Eu quero matar Gregory.

Ele olhou para mim com cara de assustado. Sem cerimônia me ergueu e colocou sobre seus ombros. A dor estava quase dominando, mas eu teria de resistir apenas mais um pouco. Ele colocou uma faca em minhas mãos e sussurrou:
- Todo seu - segurou minha mão e a posicionou - é só ir fundo.
Olhei para baixo e vi uma imagem embaçada de um homem se contorcendo, parecendo que estava tentando se livrar de algo amarrado na boca.
Hesitei. Será que eu queria ser igual a ele? Queria ser uma menina assassina? E a resposta? Sim. Eu queria. Fiz uma força tremenda, mas fiz o trabalho sujo e me rendi, para finalmente descansar em paz e encontrar meu pai, onde quer que ele estivesse.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Notícia

Houve um pequeno problema e não conseguirei terminar a história Em uma noite de verão a tempo, desculpem pelo ocorrido. Amanhã postarei sem falta.

OBS.: Eu até posso conseguir terminar hoje, mas aí vai ser de noite.

Bjão

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Notícia - EM BREVE

Pessoal, eu estou um pouco ausente esses tempos, mas é porque eu estou muuuuuito preocupado com uma prova que eu vou fazer na terça feira, e eu estou estudando, então depois dessa prova, eu estarei preparado para postar novos contos fresquinhos para vocês. Segue os próximos contos que eu vou escrever, espero que agradem pelo nome (:

TERROR: O mistério da Dália
DRAMA: Os Órfãos
COMÉDIA: O Aniversário



PS: A Is está arrasando nos contos dela não é?

Em uma Noite de Verão 2 - EM BREVE ~~

Por pedidos de fãs. E Ca ( ele insiste que eu  chame assim, é um JAMAL mesmo ) , claro!  : D
Resolvi começar Em uma Noite de Verão 2 , a continuação de Em uma Noite de Verão, que se encontra um pouco mais abaixo ;}

Previsto para: 25/01

Espero que curtam a continuação do conto!

Bjiin ... amovcs

Emilly John - Parte 3 : O Final

Deixei a vasilha de água cair e comecei a tremer. Não tive coragem de olhar para trás, não sei. Sempre fui tão corajosa. Mas nesse instante não era qualquer um que estava atrás de mim. Eu sabia disso, e o pior, não havia como reverter a situação.



Pouco a pouco fui recuperando a coragem e perguntei sem me virar:


- Eu pensei que você estava preso.


Procurei não esboçar nenhum sentimento de raiva ou medo. Tentei ser seca e direta, como aqueles detetives da Tv.


- É, mas a segurança dessa cidade não é lá boa coisa. Consegui escapar rapidinho. É incrível como os seguranças dormem em serviço - falou o assassino.


- O que você queria com aquelas mulheres e o dentista?


- Filhinha, filhinha, você é tão ingênua. Estou vendo que vou ter que contar a história inteira. Pelo menos vou ter um divertimento, te ver agonizar antes de te matar - nessa hora eu tive um arrepio pelo corpo inteiro, então esse seria o meu destino? - Quando você nasceu, sua mãe veio me pedir socorro, ela teve que inventar um mentira absurda para John acreditar que você era filha dele.


Ele soltou um pigarro então continuou:


- Mas aquela mentira não foi o suficiente. Ele veio conversar comigo, para ver se era verdade mesmo, você sabe né? Gente idiota. Começamos uma discussão muito interessante, uma hora eu perdi a paciência, não sou feito de ferro - ele agarrou meu braço e eu gritei.


Ele apertou ainda mais meu braço.


- Ei, ei mocinha. Você pode ter sua chance de sair viva daqui, mas apenas se ficar quietinha e escutar minha história.


Ele me "arremessou" em direção às camas e pela primeira vez vi seu rosto. Seus cabelos eram grisalhos e haviam muitos pés-de-galinha em torno de seus olhos. Seu rosto era mais parecido a de um senhor de média idade, em torno dos seus cinquenta anos, não a de um criminoso psicopata.


- Você não é meu pai - disse entre lágrimas e soluços.


- Espere. Vamos deixar os votos de carinho para o final. Talvez você esteja se perguntando: "Carlos, por que você sequestrou todas aquelas pessoas?". Simples. Eu queria saber o seu paradeiro. A sua mãe, ao saber o que eu tinha feito fugiu para essa minúscula cidade do interior. O Augusto, era dentista do seu pai, ele logo abriu o bico quando eu envolvi a filha dele. EU o trouxe pra cá por precaução. Mas ainda não sabia em que parte da cidade você estava. Sequestrei a sua professora, e a pediatra, bom, a pediatra estava junto quando a sequestrei!


- Mas isso acaba aqui Adamastor - olhei para o lado e minha mãe estava apontando uma arma para MEU PAI.


- Mãe?


- É esqueci desse detalhe. Sua mãe sabia de tudo isso e só tentou impedir quando soube que envolvia você.


- Não é verdade - minha mãe disse.


- Cala a boca, cala a boca! - ele avançou em minha mãe e começou a bater nela.


Com o susto e com o medo ela deixou cair a arma no chão. Eu pensei e agi rápido, peguei a arma. Naquele momentou minha precisão não poderia falhar. Atirei.


~~


Eu estava embrulhada em um cobertor, tremendo de remorso. Eu havia matado um homem. Eu havia tirado uma vida. Eu havia matado o meu PAI.


- Querida muito obrigada. Se fosse outra pessoa, não teria piedade de mim.


- Dona Carmen, você é minha mãe. Não tem como eu ter raiva de você. É pra isso que as filhas servem, não é? Tentar trazer alguma alegria, proteger, cuidar de sua mãe. Retribuir o que ela fez pela gente, quando éramos pequenos.


Abraçadas ali, no relento, rodeadas pela polícia e ambulância ficamos chorando, dizendo o quanto nos amávamos.


Apesar de achar errado o que minha mãe fez, eu tive a capacidade de perdoá-la. Pensei que nunca ia acontecer, mas com o passar do tempo esqueci, e vivi minha vida como se eu fosse uma garota normal. Na verdade eu era a filha do assassino, mas o que realmente importa é que não sou como meu pai. Sou um exemplo. Uma vitoriosa.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Emilly John - Parte 2 : Em busca da razão

Continuação...
Quase caí para trás com aquela notícia. Minha querida Dona Carmen ficou entre choros e soluços, arranjou forças para continuar e depois de um grande suspiro falou:
- Quando eu era casada com John, tive um caso com o...
- Com quem mãe?! Para de enrolar. Seja firme e fala logo, sua fraca! - eu já estava estressada.
- Com o Adamastor! Pronto falei! Você é filha dele e não do John! Eu não queria que você soubesse. Foi um erro meu...
Não deixei ela terminar o seu discurso muito "emocionante" de como minha vida foi uma farsa e de como ela era culpada por eu ser filha de um criminoso.
Fui para o meu quarto e tranquei a porta. Chorei muito, enchi o travesseiro de lágrimas de dor e ódio. Depois de ensopar o travesseiro eu decidi que eu iria fugir de casa. Esssa noite.
Peguei minha bolsa e coloquei meu celular, uma camiseta limpa e uma escova de dente, só por precaução. Peguei também minha carteira com 50 reais, minhas economias. Coloquei minha jaqueta mais quente, pois lá fora estava muito frio.
Pulei a janela e dei o último adeus em silêncio. Agora eu tinha que decidir onde eu iria.
Comecei a andar sem rumo pelas desertas ruas de St. L'avigne. Passei pelo mercado, pela quitanda, pela praça e qual não foi minha surpresa, cheguei no posto de gasolina, onde era o escoderijo do meu pai psicopata.
Já estava escurecendo. Eu havia chorado a tarde inteira. Resolvi entrar.
É difícil dizer isso, mas, como era arrumado o esconderijo, claro, o banheiro não era muito limpo e as paredes do quarto não eram rebocadas e o chão era cimento puro. Porém, haviam quatro camas, uma para cada, uma para cada prisioneiro, imagino. Havia também no canto oposto uma geladeira. Eu a abri. Dentro havia queijo, duas bananas, meio pacote de pão de forma e uma jarra de água. Tudo parecia estar em sua validade.
Eu estava com muita sede, peguei a jarra e procurei algum recipiente que eu pudesse tomar. Achei uma vasilha. Enchi uma vez e joguei no chão, só para limpar. Enchi de novo e coloquei a jarra na geladeira.
- Fazendo o que aqui, a essa hora da noite?

       CONTINUA...

O Mistério de Emilly John - Parte 1 : Em meu quarto

- Este conto é um pouco grande, como se fosse um livro. Vou postando em partes para não ficar muito enjoativo de ler.
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Eu sou Emilly. Emilly Parks John. Moro em Santa L'avigne faz um bom tempo. St L'avigne é uma cidade do interior quase esquecida pelo planeta. Talvez nem conste no mapa. Pelo menos, no meu velho e surrado Atlas não avistei nenhum sinal, mas é tão velho que suas informações são meio duvidosas.
Há um certo acontecimento que vem me importunando faz algum tempo. Vários sequestros vêem acontecendo. Três em apenas quatro semanas. E o pior, sem deixar rastro nenhum.
Um exemplo foi a minha professora, ela sumiu há alguns dias, o que me deixa com um enorme tempo livre. Estou entediada agora, sem lições de casa, sem deveres, eu devia estar feliz com isso, mas por que não consigo?
- Filha, vem me ajudar a servir o jantar! - ouvi minha mãe dizer, como sempre, pontualmente às 19 horas.
Levantei-me devagar e me dirigi à cozinha.
Coloquei a mesa e eu e minha mãe sentamos para comer. Comi um pedaço de frango e um milho cozido inteiro.
Bati o olho no jornal que estava ao meu lado e li a manchete: "Louco sequestra pessoas em Santa L'avigne".
- Este jornal é de hoje mãe? - perguntei tentando não parecer muito interessada.
- É sim, filha, se quiser pode pegar, eu já terminei de ler.
Abri na página indicada pela manchete e li rapidamente alguns parágrafos.
" Nesta última terça-feira foi encontrado o esconderijo de Adamastor Carlos próximo ao posto de gasolina em St L'avigne. Foram encontrados Jaime Lohan, pediatra, Kelly Clark, professora e Augusto Gonçalvez, dentista em um pequeno quarto em condições muito precárias [...]"
"[...]Não se sabe ainda o motivo do sequestro, mas Adamastor será investigado amanhã, quinta-feira."
"Acredita-se ainda que Adamastor pode ter sido o autor do assassinato de"...
Não acreditei no que estava lendo, realmente eu não acreditei. O meu pai, Thompson John. Ele!
Minha mãe havia dito que ele sofreu um acidente de carro! Meu Deus. Ele não sofreu um acidente de carro. Ele foi assassinado por Adamastor Carlos, um louco, psicopata!
Acordei cedo, o café estava na mesa. Me sentia muito cansada, a ponto de arranjar um escândalo a qualquer momento. Eu tive um pesadelo, mas não me lembro de nada, só sei que eu não consegui descansar nem um pouco.
- Mãe, a gente precisa conversar.
- So-sobre o que? - ela disse meio nervosa, o que fez eu desconfiar mais ainda que ela escondia algo de mim.
Eu pedi pra ela sentar, peguei a reportagem ao qual o nome do meu pai estava escrito e mostrei à minha mãe. Ela ficou paralisada por um tempo e depois começou a chorar.
- Pensei que eu havia escondido essa matéria. Mas, - ela suspirou - vejo que chegou a hora de contar...
Ela não continuou a frase.
- Contar o que? - perguntei já irritada.
Ela hesitou - Thompson Jones... Não é seu pai.

                 CONTINUA...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Notícia

Pessoal, não postei nenhum conto hoje porque eu fui fazer um passeio com umas amigas no Jardim Botânico em Jundiaí, lá é um cantinho da natureza no meio da cidade, hehehe. Tenho de admitir que é muito bonito. Segue algumas fotos de lá, bom na verdade duas:




Confesso que não som bom com fotos. Posto outro conto amanhã, espero que gostem (:

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Amando que se vive

Como? Como tanta perfeição? Era o que eu pensava todas as vezes que via sua foto, quando pensava em seu rosto, e como se toda a perfeição do estivesse em uma pessoa so. Na escola nem dava nem nunca deu bola para mim, como se eu fosse ninguem. Meu nome e June e estava no ultimo ano do colegio, e eu gostava de Emile, o cara mais gato de toda a escola, e todas as meninas babavam por ele. Certo dia quase que por milagre ele começou a fazer fisica comigo e o professor nos colocou juntos, nessa hora eu pensei que so teria essa chance de falar com ele sem parecer uma tola. Timidamente eu o cumprimentei, sem olhar para mim ele fez o mesmo. Como ele pode ser tao seco e nos moramos no mesmo predio, eu tenho varias fotos dele que obviamente eu tirei escondida. Depois da aula seguindo para o almoço eu trombei com ele no corredor. -Voce esta bem? -Acho que sim, obrigada. –June, não é? Sei que e meio estranho, mas, voce poderia ir la em casa qualquer dia desses para me ajudar com biologia?. Não acreditava no que eu acabara de ouvir, eu estava totalmente radiante, e aceitei na mesma hora e lhe disse que eu estava livre e que poderia ir hoje, ele topou. Estava tão feliz, eu não podia acreditar que eu iria a casa do meu príncipe encantado, aquilo não era real, ele era perfeito e lindo demais. Mais tarde, na hora marcada eu estava indo para a casa dele com meu material de biologia. Ele morava apenas com a mãe, o pai havia ido embora com uma mulher que mal conhecia, e a mãe havia entrado em depressão após isso. Bati duas vezes na porta, mas ela estava aberta, então eu entrei. Assim que chego à sala da casa, vejo a mãe dele, no sofá dormindo completamente bêbada, o que me pareceu, pelas inúmeras garrafas que havia lá, a casa estava um lixo. Chamo por Emile, mas ele não responde. Penso se ele realmente está em casa, vou até o quarto dele e sinto um cheiro forte de alguma coisa, que até me deixou tonta, e avistei-o sentado no canto do quarto, eu fiquei horrorizada com aquela cena, o meu menino perfeito naquela situação revoltante e triste, eu não conseguia acreditar. –Emile, o que está acontecendo com você? –June? Não queria que você visse... Desse jeito... Por favor, vá. –Não, eu não vou a lugar algum, você está péssimo, você precisa de um médico. –Estou bem, eu só estou um pouco drogado. –Drogado? Você usa drogas? –Sim, desde que meu pai foi embora. Senti uma tristeza muito grande me apertando no peito, não queria ver a pessoas que mais amava naquelas condições, eu o queria bem, e livre de drogas, enquanto pensava por um momento percebi que ele havia dormido, e decidi ajudá-lo de alguma forma, começando por aquela casa que estava realmente pavorosa. Comecei a fazer uma bela faxina naquela casa, me livrando tudo que era droga que encontrava e garrafas de bebida, varri e tirei pó até a casa ficar apresentável, a cozinha foi a parte mais difícil de limpar, tinha coisas lá que deviam estar lá há meses. Depois, arrumei os armários, gavetas e outras coisas. Quando ele acordou, eu estava sentada na cama dele, olhando para ele. –Mas, o que você fez aqui? –Eu só dei uma arrumada, e limpei um pouco. –June, isso é incrível. Você é incrível. O que eu poderia fazer para recompensá-la. Olhei timidamente para ele e lhe disse que o amava demais, o amava desde que havia o conhecido no primeiro ano do colégio. –Bom, acho que você vai gostar disso então. Ele se levantou e me beijou, o beijo mais maravilhoso de toda a minha vida, um beijo que nunca iria esquecer um beijo que não poderia esquecer. Depois de nos beijarmos sentei em sua cama e comecei a chorar. –Porque você está chorando June? Eu beijo tão mal assim? –Não, eu estou emocionada, eu sempre sonhe com isso. –Olha June, se isso a deixa tão feliz... Quer namorar comigo? –Como? –Namorar. Eu. Você. Meus olhos se encheram de lágrimas novamente e eu soltei um sonoro aceito. –Emile, eu prometo de irei fazer da sua vida e de sua mãe a melhor, vocês não precisam do canalha do seu pai para ser felizes, só precisam de afeto, e estou aqui para isso. –June, ninguém nunca me deu tanto apoio assim, estou começando a amar você como nunca amei antes. –Fico feliz por isso. Ficamos um tempo juntos conversando, até que minha mãe me liga e pede para que eu volte, já estava quase na hora do jantar. Despedi-me e fui embora, mais tarde recebo uma ligação de Emile, ele disse que sua mãe precisava ir ao hospital, porque ela não achava sua bebida e estava enlouquecendo, falei que estava a caminho. No caminho até o apartamento dele, liguei para a emergência. Quando cheguei lá, a mãe dele estava com uma faca na mão e disse que iria se matar, ela precisava da bebida dela. –Mãe, por favor, não faça isso por mim. Eu só tenho você. Ela começa a chorar desesperada mente enquanto leva a faca até o pescoço. –Mas sem a bebida eu não sou nada, sem o seu pai eu não sou nada. –Senhora Flores, escute não faça isso, você tem a vida toda pela frente, você pode ser feliz junto com seu filho. –Eu não agüento mais isso. Emile avançou contra ela para tirar a faca dela. –Não Emile, não faça isso. Mas já era tarde demais, ela já tinha se matado, e caíra no chão, provavelmente morta. –Viu, é tudo culpa sua você tirou a bebida dela, você matou minha mãe, eu te odeio. –Emile, eu só queria o bem de vocês. –June, vá embora, me deixe sozinho. Comecei a chorar e fui embora, havia começado a chover e eu vi a ambulância chegando, mas não parei e fui para meu apartamento. Cheguei me tranquei no quarto e chorei, e acabei dormindo. No dia seguinte eu fui para a escola e ele não estava lá, eu precisava falar com ele, durante uma semana ele não apareceu, não ligou e também não estava em seu apartamento. No meio da noite depois de oito dias do ocorrido, ele me mandou uma mensagem, e disse para que eu fosse ao apartamento dele, ele estaria lá e que precisava falar comigo. Troquei-me com a primeira roupa que encontrei e sai devagar do quarto. Quando saí, corri para o elevador para chegar ao bloco dele. Quando cheguei lá, ele estava diferente, senti que ele estava com uma feição triste, mas pensativa. –June, eu sinto muito de ter falado essas coisas horríveis para você, você não teve culpa eu estava em choque no momento, e você só queria ajudar-nos, você não queria que isso tudo acontecesse, eu sempre vou te amar. –Oh Emile, tudo bem, eu te entendo, nós nunca, nunca vamos nos separar. Eu era tão obcecada por uma pessoa que amava, que tudo acabou dando certo, e estou até hoje com o meu Emile, meu amor eterno.

Conto Supresa: Noite Perturbada

Bom, esse é o conto que eu disse que postaria, ela me pediu que eu não colocasse o nome dela, então o fiz. Espero que gostem, ela tem talento (:

PS: O conto não é meu nem da Isa, é dessa minha amiga.

Já preparada pra dormir, Katie pega seu livro de suspense (seu tema favorito), senta-se em sua cama e começa a ler o desfecho da história. Como teve um dia muito agitado, acaba adormecendo sem acabar de ler o epilogo. As duas da madrugada ela é acordada ao som de um relógio de pêndulo. O mais estranho é que em sua casa não havia nenhum relógio assim. Katie levanta e percebe que sua casa esta muito estranha, ou melhor, que ela não esta na sua casa, pois a porta do seu quarto dava direta a um corredor longo e escuro. Mesmo com medo e lembrando-se das coisas horríveis que aconteciam com as personagens de seu livro ela decidiu sair do quarto. O carpete de madeira fazia rangidos tenebrosos, calafrios subiam pela sua nuca, e a sensação de ouvir passos atrás dos seus e uma respiração lenta a fez congelar. A dúvida era grande: olhar para trás ou continuar andando? Ela decidiu continuar e abrir a porta que estava do seu lado direito. Ao pegar na maçaneta e empurrar um pouco, algo a puxou, impedindo- a de faze aquilo. Rapidamente ela se vira e vê somente a sombra de um homem que a faz gritar e sair correndo. Mais ela cai numa escada que para ela havia aparecido do nada. Depois da queda ela percebe que foi parar em outro cômodo da estranha casa, o qual lembrava muito a sala de jantar do seu livro de suspense. Escuridão quase que geral, a não ser pela pouca luz que entrava pelas frestas das velhas janelas. Móveis antigos e com o som de algo roendo dava para perceber que havia ratos no lugar. Um quadro era iluminado pela luz que saia da janela, e ao vê–lo Katie se assusta mais ainda com a figura de uma mulher com cabelos negros, roupas pretas, unhas compridas e pele muito branca, que era idêntica a personagem principal de seu livro. Atrás da mulher havia a sombra de um homem, igual ao que Katie havia visto no corredor. Então ela sente algo arranhar seu rosto, era como se fosse unhas grandes e afiadas. Ela se vira e vê a mulher do quadro em sua frente com a feição mais horrorosa do mundo, e então de uma só vez a tal mulher tenta asfixiá-la, que cai no chão. Ao abrir os olhos Katie vê uma forte luz branca, e seu irmão mais velho a perguntando se estava tudo bem. Ela sente um alivio em ver que esta com ele, e pergunta meio confusa.

- O que? Onde eu estou? Nossa tive um terrível pesadelo de estar sendo asfixiada por uma mulher que era igual à personagem do meu livro...

Então seu irmão pega sua mão e responde:

- Katie, não foi um sonho, você realmente foi asfixiada por uma mulher.

Ela arregala os olhos de pavor ou ouvir isso.

-Você foi vitima de um seqüestro, e foi parar naquele lugar horroroso, e asfixiada por uma moça que fazia parte do seqüestro. Nesse instante a policia chegou e te trouxeram para cá. Depois da explicação ela sente um grande alivio mais ainda sim se sente perturbada com o jeito da seqüestradora se parecer tanto com a mulher do quadro e de seu livro.

Surpresinha (:

Heey,

Como eu não postei nenhum conto hoje, eu vou postar um conto de uma pessoa muito especial que escreve muito bem e ainda diz "Ai, eu não escrevo bem, eu não vou mandar não", bom eu adorei o conto dela e espero que vocês gostem também. Daqui a pouco eu posto o conto dela (:

Em uma noite de Verão

Sentado na mesa de sua elegante sala, Jonny estava pensativo, pés apoiados em um puffe vermelho, um jornal em mãos e um marca texto. Marcava de três em três palavras, examinando cada qual como se fosse única, prestando atenção a cada detalhe, a cada centímetro quadrado que o jornal possuía.


- Sr. Jonny? O prefeito está a sua espera.

- Mande entrar. - disse o ilustre detetive, sempre com ar e voz de mistério.

Depois de cinco minutos um homem alto, elegante e idoso entra em sua sala. Jonny levanta e cumprimenta com um aperto de mãos o prefeito da pequena e pacata cidade. Eventualmente aturdida por uma série de assassinatos.

- Boa tarde Sr. John Hollow.

- Boa tarde prefeito, como esta o senhor esta tarde?

- Você sabe muito bem - disse Thomas, com ar de impaciencia - que não vou ficar feliz enquanto minha filha não estiver a salvo em casa...

- Calma Thomas, nunca o vi tão irritado! Estou trabalhando e vou descobrir o que aconteceu. Mas saiba que pode demorar meses, anos. Não é fácil.

- Sei disso caro John...

Thomas se retirou da sala com passoa firmes e olhar triste.

Aquela cena foi a gota d'água, ou Jonny achava o infeliz ou seu nome não seria mais uma honra de ser dito e adorado. Pegou papel e caneta e saiu atrás deum anúncio de jornal que ele havia circulado com o marca texto.

Chegou a uma bela entrada, uma grande casa para vender. Seu jardim tinha belas margaridas, sua entrada era uma porta gigante, como algumas antigas de castelos medievais, imagino. Jonny se aproximou da bela entrada e bateu na elegante porta.

- Sim? - saiu da casa um homem tão elegente quanto Jonny, devia ser o empregado.

- Estou procurando Madame Nora.

- Ela estava a sua espera Sr Jones.

- Desculpe, é Jonny, você deve ter me confundido com outra pessoa.

- Certamente - disse um pouco atrapalhado o empregado, o que chamou a atenção do detetive.

O homem levou Jonny por um corredor imenso, pelo que via, não teria fim, pelo menos não um fim tão próximo.

- Sr Jonny. Que ventos o trazem aqui?

- Venho fazer algumas perguntas - ele vê o empregado sair discretamente - sobre o desaparecimento da filha do prefeito.

- Sinto muito mas não posso lhe ajudar.

- Você pensa que não pode me ajudar. Mas a senhora possui informações valiosas, que podem contribuir e muito. A começar, você é a mãe da menina? Fale a verdade.

Nora parece refletir um pouco a respeito, prende a respiração e o detetive vendo que ela não responderia continuou com a próxima pergunta.

- No dia do desaparecimento de Jacqueline, o que a senhora fez?

- Pela manhã eu fui ao mercado da vila e a vi brincando com algumas meninas, à tarde fiquei em casa lendo e a noite jantei no September's Week e fui direto para casa.

- Com quem você foi jantar no September's Week?

- Com Gregory, meu empregado.

- Você percebeu algum comportamento estranho nele este dia?

- Sim, percebi. Ele estava meio nervoso. Perguntei o que havia acontecido e ele me disse que a mãe dele havia morrido. Acreditei, ele já não é muito novo, a mãe dele é centenário e sofre de mal de alzheimer.

- Agora essa pergunta é crucial, o ... Gregory, esteve em sua casa por volta das 10 da manhã?

- Não, ele disse que havia ido visitar a mãe ... morta? - ela ficou pensativa por dois minutos.

- Obrigada é tudo que preciso.

Jonny pegou suas coisas rapidamente e saiu correndo ouvindo Nora chamar.

--

Dor aguda, uma dor de um ódio mortal. Morte ... Como o corpo estirado no chão. Como não havia pensado antes? Era aqui o ponto de encontro do mal. Querem saber como vim parar aqui? É. Terça à noite eu estava andando com meu pai perto do September's Week, meu pai foi me comprar um sorvete e eu fiquei sentada no banco da praça. Senti um golpe muito forte nas costas e acordei aqui.

Esse cheiro podre de morto, reconheço muitas pessoas por aqui. Sarah Jones, Sr. Porter, Catie Sintz, Roberta Castro, Tellmson Jones todos são moradores de Chellstone Ville, ao qual meu pai é prefeito. Nem acredito. Estou no esconderijo do Don Van Launmer.

Que barulho foi esse? Ai meu Deus! Vi um vulto.

- Jonny?!

- Psiu! Fique calada. Vim te salvar.

- Como você soube que eu estava aqui? E aliás,que lugar é ESSE?

- É o porão do September's Week.

- Ah! Eu devia saber. Mas você não respondeu a outra pergunta.

- Ai - ele estava um pouco impaciente - fui à casa da Madame Nora e o empregado, Gregory estava um pouco estranho. Relacionei a Madame Nora com você porque sabe, ela é sua mãe. Não sei, pode ser besteira, mas me pareceu intuição. Logo desconfiei do Gregory, ele me chamou de Jones quando entrei na casa, e uma das vítimas foi também Tellmson Jones. Provavelmente ele havia recebido esses concidados na casa de Nora. E provavelmente confundiu o meu nome. Perguntei à Nora onde ela havia ido durante o dia do seu desaparecimento, pensei, onde Nora está Gregory está junto. Ela me disse que havia ido ao mercado e te visto, mas ele não poderia ter feito isso pela manhã, pois eu te vi à tarde, Lembra? - eu assenti com a cabeça- Pois, então... Madame Nora me disse que veio com ele ao September's Week, o que seria uma opção, porque é perto da casa dela. Seria mais fácil trazer os corpos até aqui. Mas pelo que vejo, ele não te matou. Por que?

- Talvez porque eu seja filha da Madame Nora... Ele talvez esteja fazendo chantagem à ela.

- Sim, ele matou a todos os conhecidos de Nora. E agora você...

Ouvimos um barulho e corremos mais que as nossas pernas podiam correr, corremos até a prefeitura. A nossa surpresa quando chegamos, um carro de polícia parado em frente à minha casa.

- O que aconteceu? - perguntei a um policial próximo.

- Escute... - ele começou sem jeito - O Van Don Launmer, ele, matou seu pai.

Entrei em casa correndo, mal deixando o policial terminar a frase e vi o corpo de meu pai estirado no chão.

Corri para a cozinha sem ligar para a cena. Peguei uma faca e pensei em tudo que me aconteceu nesses dias.

- Você mal sabe o que te espera Gregory.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Minha razão de viver

Não é possível, como isso por estar acontecendo? Isso é perturbador demais para qualquer pessoa. Isso é negligência, como os médicos não sabem o que ele tem? Eu não consigo parar de me fazer essa pergunta, isso é um absurdo, já pagamos todos os exames e só dizem que ele parece estar com gripe, desde quando gripe uma pessoa vomitar sangue puro e não consegue nem se mover nem falar, como se fosse um estado de coma só que uma pouco diferente, ele só vomitava, era um horror. Meu nome é Leid e vou contar o que ocorreu com meu eterno filho Zac. Ele sempre fora um menino muito inteligente, atencioso, carinhoso, um filho perfeito para uma família perfeita, éramos totalmente felizes, não havia do que reclamar de nossa vida de classe média, sempre saíamos todos os finais de semana para um passeio em família, num desses passeios fomos acampar e como era feriado ficamos quatro dias acampando numa mata perto de nossa cidade, muitas pessoas iam lá para passar o feriado. Alguns dias antes eu já comecei a preparar as mochilas e a nossa “farmácia de passeio”, nunca saio sem ela. Meu marido começou a preparar as barracas, sacos de dormir para prender no carro. Saímos de manhã cedo para aproveitar o dia com as inúmeras atividades que poderíamos fazer. Enquanto arrumávamos as coisas quando chegamos lá, Zac pediu-me para que fosse dar uma volta na mata, “explorar o território” como ele mesmo disse, nunca o tinha visto tão feliz e empolgado antes. Quando terminei de arrumar todas as coisas, percebi que já havia passado algumas horas e Zac ainda não voltara, instinto de mãe não mente e logo pensei que teria ocorrido alguma coisa, avisei ao meu marido e saí a procura do meu filho perfeito, angelical e doce. Comecei pela trilha que ele tinha apontado que iria caminhar, eu o chamava só que não havia nem sinal dele, comecei a ficar desesperada, e comecei a adentrar na mata e gritar pelo nome dele, eu estava maluca, aquilo não poderia ser acontecendo, aquilo não era real, eu gritava por seu nome, como nunca. De repente eu ouvi um som parecido com uma respiração, fraca, mas sonora. Comecei a seguir aquele som, quando vejo meu filho escondido embaixo de uma pedra, como se fosse uma caverna, que só lhe cabia. Corri até ele e o vi totalmente pálido e com profundas olheiras e olhando pro nada. Eu falava com ele, desesperada para saber o que estava acontecendo, só que ele nada dizia, não se movia. Peguei-o no colo e corri até o acampamento, só conseguia gritar por socorro, algo me dizia que aquilo não era bom, meu filho estava como um zumbi. Quando cheguei ao acampamento gritando por socorro, meu marido logo apareceu e tentou falar com ele, perguntando o que havia acontecido, eu lhe disse que teríamos que correr para o hospital mais próximo. Nós deixamos nossas coisas lá, apenas passei em casa para pegar meus documentos que havia deixado em casa para poder seguir para o hospital. Quando chegamos lá, os médicos o encaminharam para a emergência, porque pelo estado dele ele precisava fazer vários exames, para identificar com o que ele estava aparentemente era hipotermia, porque ele estava gelado, eu não havia percebido isso no desespero de encontrá-lo daquele jeito. Depois de vários exames, que não acusaram nada, decidiram enterná-lo, até uma decisão, mas concreta do caso dele. Ficamos vários cinco dias esperando por respostas, até que veio a notícia de que ele estava em coma, e mesmo em coma vomitava sangue. Eu fiquei totalmente chocada e comecei a chorar e a implorar para que os médicos salvassem meu filho de alguma forma, que fizessem o que pudessem, nem que fosse preciso eu gastar todo o meu dinheiro, até a última gota, nem que fosse preciso eu morrer para poder salvar o meu filho de seja lá o que fosse. O médico disse que provavelmente ele não resistiria, porque nunca houvera um caso assim na medicina, uma pessoa em coma que volta por alguns segundo vomitando sangue e depois entra em coma de novo, isso não existe, isso é coisa de conto de fadas. Meu marido disse que seria melhor irmos para casa, eu precisava dormir, eu precisava descansar um pouco. Depois de rolar muito na cama, consegui dormir, e tive um pesadelo terrível. O quarto do meu filho pegava fogo, enquanto ele gritava por socorro todo ensangüentado, e um vulto preto que o cobria, como se fosse um “cobertor”, mas o cobertor o protegia do fogo, tentava o salvar. Acordei com o toque do telefone, era o médico plantonista que tratava de Zac durante a madrugada, ele dizia que ele estava com muita febre e se debatia na cama e disse-me que precisava ir para o hospital nesse exato momento. Desligo o telefone e começo a chorar. –Matt, o que eu vou fazer? Nosso filho está a beira da morte, precisamos ir para o hospital agora. –Acalme-se, tudo irá acabar bem, ele voltará a ser nosso. –Eu o amo tanto. –Eu sei querida, eu também o amo. Corremos até o hospital que ficava a 10 minutos de casa. Quando chegamos lá, o médico nos disse que ele estava “bem”, mas não resistiria a mais uma crise dessa e ele faleceria em pouco tempo. Eu não pude me conter, eu não conseguiria viver sem o meu filho, sem o meu bebê, sem a minha razão de viver e amar. Matt me abraçou enquanto eu chorava enlouquecidamente. Pedi ao médico que me desse um tempo sozinha com ele, assim o fez. Sentei ao lado de Zac, peguei em sua mão fria e comecei a chorar, e falei que eu nunca o abandonaria, e que sempre ele seria o meu filho perfeito, de repente, sinto algo no quarto, e uma tristeza e agonia profunda me perturba no mesmo instante, o quarto começa a pegar fogo, logo eu me via atrás de meu filho o acobertando, tentando salva-lo daquele fogo, ele ficava quente da mesma forma, como se estivesse com febre, ele começou a se debater, mas naquele momento eu já não conseguia me mexer, ele pedia por socorro, só que ninguém o escutava, eu estava tentando salvar meu filho o matando do fogo, nesse momento me lembrei do meu sonho, e percebi que o vulto era eu, eu havia morri carbonizada e por todo esse tempo, tentei proteger meu filho de tudo que fosse ruim, e acabava sufocando ele, eu matei o que eu mais amava em toda a minha vida, meu filho, meu amor, meu objetivo de vida.

Um amor por acidente

Era um dia incomum. Um dia em que até eu não podia imaginar que existisse. Um dia em que a morte pede para ser morta. Um dia em que os mortos dominam com o caos.


Sei que não estou sendo muito clara, mas até pode ser, realmente você não quer terminar esta história.

Em um dia de inverno, um dia muito frio eu estava me aquecendo perto da lareira quando ouço um barulho vindo do lado de fora, um barulho do tipo, vidros de estilhaçando e uma pancada, talvez até um barulho de freio, não sei ao certo, o susto me dominou, quando voltei ao normal, resolvi atender. Estava sozinha em casa, esperando meus pais chegarem da missa de domingo. Achei meio estranho, certamente eles voltariam meia-noite, como de costume.

Com um certo receio abri a porta apenas para enxergar por um fresta. Ao ver que se tratava de uma pequena senhora, velha e enrugada, quase roxa de frio e tremendo muito, digo logo para ela entrar, desobedecendo às ordens de meus pais. Passo um café para a velha e sento com ela na mesa.

- O que aconteceu com a senhora? Por que estava naquele frio sozinha?

- Eu estava a procura de meu filho jovem dama. Um rapaz que lhe agradaria muito. Oh sim! Muito... - disse a velha, tossindo a cada duas palavras e devagando no espaço ao terminar a frase.

- Por que acha que eu gostaria de seu filho? Como pode saber se nem me conhece?

- Ora filha! Todos gostam... - e novamente ficou pensando em algo que eu não sei explicar - Gostam sim. Pelo menos você gostaria se eu soubesse onde ele estaria. Coitado.

- O que aconteceu com ele? - perguntei, realmente muito inclinada a conhecer a vida pessoal desse garoto.

- A alguns dias sofremos um acidente de carro e eu fui parar em um hospital. Disseram-me que meu filho estava passando bem e que em cerca de 5 dias já estaria de volta para mim. Depois de 5 dias fui procurá-lo e nada. Seis dias, nada. Uma semana, nada novamente. Chequei na lista de pacientes e seu laudo estava dado como desaparecido. E até hoje eu o procuro em cada esquina, em cada lugar que eu passo.

Sem dizer mais nada ela se levanta e sai com um pedaço de pão na mão e mais algum alimento em uma cesta que eu havia lhe dado.

--

- Marcy, você não acha essa história esquisita demais?

- Não, por que eu acharia? - eu disse.

- Não sei - a Anna estava meio pensativa e confusa esses dias, por isso não liguei muito.

Ao entrar na sala de aula percebo um garoto, maravilhoso, lindo e desconhecido. Nunca havia visto ele. Pela conversa agitada na sala de aula e em volta dele, devia ser aluno novo. Para minha surpresa ele era meu par nessa e em mais duas aulas. Não creio... Só pode ser o destino.

Durante dias ficamos amigos, saímos juntos, e depois, começamos a namorar. Em questão de dois meses. Isso nunca havia ocorrido na faculdade.

Domingo de novo, ele estava lá em casa. Escuto o mesmo barulho que escutei aquela noite em que aquela senhora apareceu em casa. Abro a porta e não vejo ninguém. Sinto um golpe muito forte em minhas costas, perdi o ar e virei para trás.

Lá estava ele e a velha, não entendi bem. Mas conforme tudo foi se esclarecendo com o enrolar da conversa me lembro de tudo.

- Surpresa não? - disse Kevin, com seu sorriso maroto e que me dava conforto, mas agora, me dava um arrepio na espinha.

- O que está acontecendo aqui? - falei finalmente depois de conseguir respirar algumas vezes.

- Ela é minha mãe. Eu sou o garoto do acidente, e você a menininha que não me ajudou lembra? Você realmente era uma garota tão mimada.

Aos poucos a imagem, eu tinha apenas quatro anos, estava andando na rua da casa de minha avó sozinha, aquela rua não era perigosa, mas de vez em quando apareciam alguns cervos. Apenas deu tempo de ver um clarão e ouvir um estrondo muito grande. Ao ver uma senhora no carro desmaiada me apavorei, mas meu lado sombrio apareceu quando eu olhei para um rapaz, sangrando estirado no chão, implorando por misericórdia.

Deixei ele morrer e sofrer, deixei ele sangrar até a morte e fiquei observando, eu não sabia por quê.

Desmaio e sonho, uma coisa muito estranha de se dizer. Sonhei que eu estava em um carro, andando a 100k/h com uma velha ao meu lado. Eu estava dirigindo quando vi um cervo e desviei, batendo em uma parede, capotando e depois caindo em arame farpado, eu me contorcia de dor, a dor era tão forte que pensei que era de verdade, vejo o Kevin, rindo da minha cara. Acordei daquele pesadelo, mas eu não estava em meu quarto, estava em uma sala de hospital com meus pais segurando minhas mãos. Foi de verdade, então significa que...

- Ele me salvou...

Psicose

Será que é ele? Meus olhos não mentem , mas ainda estou em dúvida, pergunto a Mace, minha amiga se é ele, e ela responde que se sente em dúvida também.Com uma nevasca castigando Bariloche enquanto eu estava em férias, um envelope entra pela porta de minha suíte e quando abro havia uma foto de um homem bem apessoado com alguns grisalhos e um bilhete que dizia “Me encontre no Café do hotel ás 19 horas. Não se atrase”. Fiquei surpresa, nunca houvera recebi algo parecido antes, não sabia o que ele queria e me sentia aflita com essa situação. Perto do horário tomei uma ducha e me preparei para esse encontro misterioso. -Sany, fale com ele, só assim vai saber de suas intenções. -Mas, e se ele for algum maluco? -Sany, porque aconteceria isso? Isso é coisa de filme. Mace sempre foi muito corajosa, desde que éramos pequenas ela que sempre me ajudou com decisões como essa e sempre tudo acabou bem. -Ok, eu vou lá falar com ele, me deseje sorte amiga. Quando me levantei do banco o bar e fui em direção a mesa onde estava o tal homem, ele me encarou profundamente, eu estava nervosa com o que ele queria comigo. -Por favor, por acaso você mandou algum bilhete para o quarto 324? O homem me encarou por um longo momento e pediu para eu me sentar, assenti mas o fiz . -Sabe, quando vejo uma mulher, sinto nos olhos dela que ela está a procura de alguém, e você estava a minha procura. Olhava fixamente com desconfiança para ele. -Vamos lá não se acanhe, diga-me seu nome. -Sany, e o seu seria? -Renan, sou CEO de uma multinacional. Ele era tão perfeito, tinha um bom emprego, estávamos no mesmo ramo, era solteiro e nós tínhamos o mesmo gosto, ele era tão simpático que a conversa havia se prolongado tanto que a garçonete nos disse que iriam fechar e nós precisávamos ir, nos despedimos e marcamos de esquiar no dia seguinte e depois almoçar num ótimo restaurante que ele conhecia. Fui para meu quarto radiante, logo Mace queria saber todos os detalhes sobre ele, ela ficou encantada, conversamos um pouco e logo fomos dormir, porque eu teria um dia cheio no dia seguinte. Pela manhã acordei e fui para alugar roupa e equipamento de esqui. O vi perto da estação de teleférico e ele me saudou, educadamente o saudei também. Quando chego até lá, ele me cumprimenta com um abraço. Disse-lhe que não sabia esquiar e ele me ensinou, foi extremamente divertido e doloroso pelos inúmero tombos que tomei. -E então, gostou? -Sim, é muito excitante esquiar. -Bom, está com fome? -Sim, estou faminta. Gastei todas as minhas energias esquiando. -Vamos almoçar então. Descemos de teleférico, devolvemos as roupas alugadas e seguimos de taxi até o restaurante. “Notre Mer” era o nome do restaurante francês de frutos do mar. Entramos e Renan começa a falar com o Maître em francês, que pelo que entendi era sobre reserva de mesas e vinho. Seguimos até a mesa escolhida, num local estratégico do restaurante, era maravilhoso, um restaurante com moveis coloniais com decoração de navios antigos com uma banda tocando música clássica, pedimos lagosta e o Maître trouxe um vinho francês delicioso, estávamos conversando até que eu começo a passar mal. Renan, me acompanha até o banheiro e diz que iria me esperar do lado de fora, e disse pra mim chama-lo, caso passasse mal. Entrei no banheiro me sentindo péssima, minha vista estava ofuscada e eu sentida uma vontade muito grande vomitar, minhas pernas estava amortecidas, até que senti uma dor nas costelas que me fez gritar, e cai no chão com a vista escurecendo, e vi Renan entrando com um sorriso no rosto, e apaguei. Acordei amarrada em uma cama, numa casa de madeira que cheirava como se tivesse algo apodrecendo ali, tentei gritar mas estava amordaçada. Vi algumas reportagens na parede sobre um psicopata chamado Art Venegan que matava mulheres de viagem em Bariloche, e me desesperei. De repente, entra um homem com uma roupa cheia de sangue no quarto e vi que o homem era Renan, ele mentiu para mim, mentiu sobre tudo. -Olá, bela surpresa não? Espero que esteja com fome, fiz uma comida pra você. Ele colocou um prato com um pedaço de carne, que cheirava muito mal. Ele saiu do quarto, comecei a tentar soltar a fita que me amordaçava esfregando o rosto na cama, sem sucesso e exausta, dormi. Quando acordei com um barulho, vi o canalha afiando uma faca em uma máquina no quarto, ele me fitou e saiu do quarto. Pensei, é agora ou nunca. Percebi um ferro perto da cama e tentei esfregar a fita nele para soltar, me arranhei com o ferro mas consegui soltar a fita. Comecei a olhar em volta e percebi que a comida ainda estava lá, e peguei o garfo com a boca que estava no parto junto com o pedaço de carne, com ele comecei a perfurar o tecido que prendia minha mão, como estava desesperada rapidamente eu o fiz. Com ajuda do garfo e de minha mão comecei a desamarrar os nós, até que ouço resmungos de raiva e a TV que dizia em espanhol “Directora de empresa desaparece en miércoles, la única información que tenemos, es que ella estaba con un hombre en un restaurante y luego desapareció. Se Sospecha de Art Venegan”. Estava muito feliz, alguem iria me achar. Logo me soltei e peguei a faca que ele acabara de amolar e fiquei ao lado da porta, esperando que ele entrasse, porque não havia outra saída. Esperei um longo tempo. Quando escutei ele chamando pelo meu nome. Quando ele entra e não me ve na cama, ele vai até lá, e olha em baixo na cama. Com calma, eu chego por trás dele, e quando ele se levanta, dou-lhe uma facada no pescoço, começo a chorar de desespero e ele cai no chão morto. Senti um imenso prazer ao fazer aquilo, mesmo estando desesperada. Fiquei ali, parada olhando o corpo morto do homem, quando ouço um carro parar e a maçaneta começa a girar, me escondo atras da porta novamente, quando um homem entra no quarto e eu o golpeio com a faca novamente, a sensação era maravilhosa, como se eu estivesse em uma montanha russa. O que aconteceu comigo foi horrivel, mas o fato de matar, me dava tanto prazer, eu havia despertado uma garota psicopata dentro de mim, já havia assasinado muitas pessoas antes, para conseguir o que eu queria, como minha mãe, meu irmão e outras pessoas. Agora estou aqui redigindo o por quê de estar aqui, e como despertei esse espírito psicótico dentro de mim.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Terror em Fallcreek

Próxima saída “Estrada de Fallcreek” dizia a pequena placa velha e enferrujada tal como se dizia no mapa, estava dirigindo a horas para chegar no começo do futuro da minha vida, a universidade, no carro eu, May uma futura doutora de 19 anos com meu irmão Caique, 17 ao meu lado. Chego a uma entrada muito bonita com um letreiro “Universidade de Fallcreek”, um lugar totalmente deserto, exceto por um casal de namorados que se beijava num banco perto de uma pequena fonte. Na entrada principal a secretária nos fitava de forma muito esquisita que me incomodava de algum jeito. –Boa Noite, nome? –Olá, May e Caique Lippa. –Hm, estudantes de medicina e arquitetura. Corredor direito, quarto 13 e Caique, corredor esquerdo, quarto 19.
–Obrigada. Enquanto estava pelo corredor, não via ninguém. Como se fosse uma faculdade fantasma, talvez fosse pelo horário, de qualquer forma não ligo pra isso. Não havia ninguém no quarto e parecia que não era aberto a séculos, os móveis eram extremamente coloniais, vidros sujos, e o quarto tinha um cheiro extremamente forte de éter. Aquilo não era um local em que um ser humano poderia ficar, ouço a maçaneta girar, dou meia volta e um homem gordo e calvo entra pela porta. -Olá, meu nome é Ricardo Sanches, sou o reitor, você é May Lippa correto? -Sim senhor, poderia me explicar o porque desse quarto estar assim. -Assim como senhorita? Dou um panorama no quarto e vejo que ele está totalmente limpo e com móveis modernos. -Essa decoração é tão... -Tão interessante não é? Que bom que gostou. Bom só estou aqui para dar-te boas-vindas a nossa faculdade. Não fique acordada até tarde, e não saia do quarto até o amanhacer, pode ser perigoso, hahaha, estou brincando. -Obrigada. O homem sai do quarto em seguida olho no relógio e vejo que são 2:00 da manhã, pensei o porque de um reitor, vir me dar boas-vindas a uma hora dessas,e como está com uma decoração diferente. Na manhã seguinte a escola estava cheia de alunos, e eu estava aliviada, felizmente creio eu que ontem fora apenas um sonho, assim Caique fita-me no corredor e corre em minha direção com o cenho franzido e preocupado. -Que ouve Caique? -Você ouviu os gritos ontem a noite? -Gritos?! Mas que gritos? -Uma menina no dormitório 14 ao lado do seu! -Eu não escutei nada, devia estar dormindo feito uma pedra. -May, o quarto pegou fogo e todos saíram dos quartos para ver. Subi as escadas e quando estava as pessoas me fitavam como se eu fosse uma assombração, quando de repente uma menina fria, e esquisita com exalando um cheiro característico a éter, tromba comigo e ela levanta assustada e corre para o fim do corredor. No almoço, sentei ao lado de meu irmão. -Caique, você não acha essas pessoas daqui extremamente estranhas, elas nos encaram como se fôssemos assombrações. -May, creio que seja algo de sua imaginação, todos são muito amigáveis. Não me importei muito com o que ele disse, e fui para a biblioteca. Lá pesquisei por vários livros, mas nenhum supria minha curiosidade sobre Fallcreek. Assim vejo uma fresta, que lá havia uma tábua de cor mais clara, assim afasto a pequena tábua e vejo um pequeno livro que tinha como título “Segredos Fallcreek” com uma observação muito sinistra “Não leia se não quiser sofrer as conseqüências”, não me importei, e logo coloquei o livro na minha bolsa e saí da biblioteca. Pela noite, quando todos já estavam em seu quartos,e eu em minha cama comecei a ler o pequeno livro, nas 30 primeiras páginas ele avisava para não ler o livro, certamente era apenas uma brincadeira, mas como estava livre, continuei lendo . O livro contava a história de uma garota estudante de filosofia, de início ela me parecia muito sensível e alegre, mas o livro me assustou a partir da hora que ele retratava que ela morrera em 1841 ás 2:15 da madrugada no quarto 13 o mesmo que o meu, a golpes de faca e fora torturada com éter enquanto sangrava além de ser violentada, um crime que nunca teve um culpado, que nunca teve solução. Comecei a chegar a conclusões sobre o ocorrido, aqueles móveis coloniais, o cheiro, será que eu voltara ao passado aquela noite e não havia me dado conta. Quanto de repente tudo se apaga e ouço gritos de dor, janelas se estilhaçam e novamente o cheiro de éter infestou o quarto, quando velas se acenderam, eu vi a mesma menina que trombei no corredor ali no chão, gritando de dor e sangrando, tinha algo em cima dela só que não sabia o que era porque só via um vulto e mais nada. Quando de repente tudo se apaga mais uma vez, e se faz silêncio por meio minuto, quando me deparo naquele quarto colonial mais uma vez, e de certa forma me aliviei por isso, assim quando pego na maçaneta para sair do quarto, ela estava emperrada, ouço vozes atrás de mim, mas não tinha coragem para virar e ver o que ou quem era? -Você não devia ter lido, devia ter respeitado o livro. Eu quase não conseguia respirar, senti minhas pernas adormecerem, quando algo pega meu braço e eu desmaio, acordo sentindo muita dor, num quarto semi-escuro, o cheiro de éter novamente, via sangue em minhas roupas. Aquela menina morta em 1841 se chamava May, eu era essa menina, e agora revivia todo o meu passado outra vez.